Veja o que a gigante das pesquisas em TI projeta em termos de privacidade digital, e reflita sobre como sua empresa pode lidar com isso.
Recentemente o Gartner divulgou suas projeções em termos de privacidade digital até 2024. São tendências que empresas e profissionais de tecnologia devem monitorar, segundo os especialistas.
A escolha do ano limite do relatório não é aleatória. O Gartner prevê que até 2024 mais de 75% da população mundial estará coberta por modernas legislações para garantir que seus dados pessoais online estejam protegidos.
Portanto, trata-se de um documento que ajuda a entender o que vem por aí em matéria de cuidados com dados pessoais e, consequentemente, de privacidade online.
Vamos ver tudo o que a gigante das pesquisas em tecnologia da informação está prevendo?
Por que prestar atenção ao que o Gartner projeta?
O Gartner é uma empresa de pesquisa e consultoria em tecnologia da informação (TI) fundada em 1979 em Stamford, Connecticut, que hoje possui escritórios em outros lugares da América do Norte e também na Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio, África, América Latina e Japão.
O fundador, Gideon Gartner, queria criar uma empresa que aconselhasse os clientes quando comprar, vender ou manter recursos tecnológicos. Depois, com o tempo, a companhia expandiu sua atuação para eventos do setor, e têm forte presença em serviços de consultoria.
Estima-se que mais de 70% das 500 maiores empresas globais contam com os serviços de investigação e aconselhamento do Gartner. Portanto, trata-se de uma das mais respeitadas organizações no ramo da TI: o que seus pesquisadores trazem a público merece muita atenção.
Quais são as 5 tendências em privacidade digital até 2024, segundo o Gartner
Veja, a seguir, o que o Gartner prevê que vai acontecer no mundo da privacidade digital até 2024!
1. Cresce o dilema da localização dos dados em diversos países
O mundo entrou recentemente em um nível superior de globalização. Com a computação em nuvem, é normal que empresas tenham seus dados armazenados em diferentes países ao mesmo tempo.
A questão é que cada nação está criando suas próprias regulações para lidar com dados pessoais (no Brasil, temos a Lei Geral de Proteção de Dados). Portanto, o tema da privacidade digital precisa ser tratado a partir de uma lógica de múltiplas legislações.
“Como resultado, o planejamento de localização de dados passará a ser uma prioridade máxima no projeto e aquisição de serviços em nuvem”, aponta o Gartner.
2. Aprimoramento de privacidade baseado em Inteligência Artificial
Ao processar os dados pessoais de clientes, funcionários, fornecedores e outros stakeholders, as empresas têm que lidar com ambientes tecnológicos pouco confiáveis. Por exemplo, a nuvem pública.
Segundo o Gartner, diante disso, “em vez de adotar uma abordagem difusa, a crescente complexidade dos mecanismos e arquiteturas de analytics exige que os fornecedores incorporem um recurso de privacidade por design”.
Os provedores de sistemas e serviços de TI, por exemplo, devem adotar cada vez mais a Inteligência Artificial para lidar com questões de privacidade digital. “Até 2025, 60% das grandes organizações vão usar pelo menos uma técnica aprimoramento de privacidade em análise, inteligência de negócios e/ou computação em nuvem”, diz o Gartner.
3. Aumenta a necessidade de melhorias na governança de Inteligência Artificial
Segundo o Gartner, cerca de 40% das empresas enfrentaram violações de privacidade digital nos últimos anos em recursos de Inteligência Artificial. Seja de forma direta, em suas próprias aplicações, ou em plataformas e serviços fornecidos por terceiros.
Quanto mais essa tecnologia avança, maior é a necessidade de se ter uma estratégia de governança sobre ela — sob o risco de as lideranças de TI terem que se desfazer de sistemas “no atacado”, afirma o relatório de tendências do Gartner.
4. A experiência do usuário deve ser mais centrada na privacidade
Neste movimento todo, os usuários de sistemas e serviços de tecnologia estão ficando mais conscientes e exigentes quanto a sua privacidade digital. À medida em que eles vão ganhando mais direitos e cobrando isso das organizações, a tendência é que exigem mais transparência.
Logo, é latente a necessidade de tratar a experiência de usuário (UX) de privacidade centralizada. Até 2023, “30% das organizações voltadas para o consumidor oferecerão um portal de transparência de autoatendimento para fornecer gerenciamento de preferência e consentimento”, aponta o Gartner.
5. Os modelos remotos devem dar lugar aos híbridos
Depois do boom do trabalho remoto, a intermitência entre comparecer ao escritório e trabalhar de casa deve se solidificar. Portanto, cada vez mais empresas deverão trabalhar num modelo híbrido — o que implica em proteger de suas redes e seus dados com bastante cuidado.
A complexidade disso deve ser trabalhada tendo a privacidade digital no horizonte. “As organizações devem adotar uma abordagem centrada no ser humano para a privacidade, e os dados de monitoramento devem ser usados minimamente e com um propósito claro, como melhorar a experiência dos funcionários, removendo atritos desnecessários ou mitigando o risco de esgotamento, sinalizando os riscos de bem-estar”, conclui o Gartner.
→ Leia também: O desafio de manter a segurança quando se trabalha de qualquer lugar.
Conclusão
Como você viu, a privacidade digital é um tema com o qual as organizações vão precisar lidar cada dia mais nos próximos anos, conforme aponta o relatório de projeções do Gartner.
desde o dilema de lidar com dados armazenados em diversas localidades com legislações diferentes até o desafio de manter a privacidade dos usuários em um modelo híbrido de negócios, há muito o que se debater, planejar e executar.
O que você achou das tendências de privacidade digital até 2024? Deixe seu comentário!
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