É inegável que a pandemia da COVID-19 fez com que a transformação digital fosse acelerada em um sem número de empresas. Mas esse processo não vem sem um ônus: com muitos profissionais sob o regime de home office devido à obrigatoriedade do distanciamento social, as brechas de segurança apareceram na mesma medida, expondo a fragilidade da proteção digital de muitas companhias.
E com isso, aumentaram também os ataques por parte dos cibercriminosos, que exploram as vulnerabilidades dessas empresas – muitas delas básicas. Em um relatório divulgado pela Fortinet, o Brasil sofreu nada menos do que 8,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos ao longo de 2020, sendo que, desse montante, 5 bilhões ocorreram apenas nos últimos três meses do ano.
Com esse montante em mente, muitas empresas, finalmente, começaram a se preocupar mais com segurança. Uma pesquisa da PWC feita com mais de 3.200 executivos e profissionais de TI em 44 países – Brasil incluso – indicou que mais da metade das empresas (57%) pretendem aumentar seus investimentos em cibersegurança. Além disso, 50% dessas organizações querem que a segurança digital – incluindo a proteção de dados – seja uma parte estratégica de seus negócios.
E essa preocupação com segurança deve passar por diversos setores, incluindo um nicho que poucas empresas prestam atenção, mas que concentra boa parte das vulnerabilidades usadas por cibercriminosos em seus ataques: o desenvolvimento de software.
Tanto se trata de uma área que merece cuidados que, segundo um levantamento do centro de defesa cibernética da Microsoft, houve um crescimento considerável nos golpes voltados a tirar do ar ou acessar aplicações web das empresas. Só o Brasil apresenta um volume 23% maior que outros países da América Latina nos ataques de negação de serviço.
Fonte: Canal Tech