Uma das explicações para o aumento de ataques no país é o baixo investimento em cibersegurança
Um levantamento divulgado recentemente pela CNN e desenvolvido pela FortiGuard Labs, registrou no primeiro semestre de 2022 no Brasil, 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas. O número é 94% maior na comparação com o primeiro semestre de 2021, quando foram contabilizados 16,2 bilhões de tentativas.
Considerando toda a América Latina, o país fica em 2º lugar, atrás apenas do México, que teve 85 bilhões de ciberataques no mesmo período. Na sequência da lista aparece a Colômbia, com 6,3 bilhões, e em quarto lugar, o Peru, com 5,2 bilhões.
Uma das justificativas para que haja tantos ataques é o baixo investimento em cibersegurança no Brasil, segundo especialistas. Para eles, o cenário começou a mudar após a pandemia, mas o budget de segurança ainda corresponde a apenas 10% dos investimentos totais em tecnologia. Em outros países, as empresas destinam cerca de 25% a 30% em tecnologia para cibersegurança.
Outra forte preocupação apontada pelo levantamento é um maior nível de sofisticação nos golpes, por exemplo nos casos de ransomware. Este é um tipo de malware para sequestro de informações, caracterizado por criptografar os dados da empresa e usa-los como ‘reféns’, com os criminosos fazendo um pedido de resgate para que a empresa recupere o acesso às suas informações.
Nesse caso, quando um hacker consegue esse acesso, o pedido feito à vítima é para que seja feito o pagamento do resgaste através de criptomoedas, criando dificuldades para que a polícia possa rastrear a ação dos criminosos.
Além deste tipo de falha de segurança há outras, relacionadas por exemplo a ataques de ‘força bruta’ DDoS para derrubar sistemas ou buscando vulnerabilidades em componentes de código para simplesmente ‘roubar’ informações valiosas de negócios.
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Fonte: CNN Brasil
