Empresas que não adotarem uma boa estrutura em segurança cibernética serão menos resilientes e sustentáveis no futuro
O termo ESG (Environmental, Social and Governance), criado em 2004, tem funcionado como um pilar fundamental para as empresas. A sigla que contempla as questões ambientais, sociais e de governança de uma companhia, são o caminho ideal para as corporações atuarem de forma assertiva e vantajosa, de acordo com os fatores que englobam a responsabilidade socioambiental, reputação e credibilidade dentro do mercado competitivo.
Sabendo da importância do ESG dentro de uma organização, vamos nos aprofundar no tema principalmente no que diz respeito à questão da cibersegurança nas empresas.
O Fórum Econômico Mundial reafirmou a relevância do assunto no contexto atual como “o risco cibernético é o risco de sustentabilidade mais imediato e financeiramente material que as organizações enfrentam nos dias atuais. Aqueles que não implementarem uma boa governança em segurança cibernética, usando ferramentas e métricas apropriadas, serão menos resilientes e menos sustentáveis”, segundo a organização.
Mesmo que a cibersugurança acumule consequências diretas nos três âmbitos do ESG, a importância da governança dentro do seu funcionamento fica praticamente impossível realizar essa desvinculação. Diante disso, fica cada vez mais nítido que a tecnologia é um ponto crucial para as operações das corporações, e a partir dessa esfera a segurança se tornou parte decisiva na proteção aos diversos ataques externos e internos que podem ocasionar danos materiais e não materiais, como roubo ou vazamento de dados confidenciais, espionagem e outras ações que podem gerar impactos diretos na reputação e no financeiro de uma empresa.
Por isso, podemos dizer claramente que a cibersegurança protege a governança de forma direta, enquanto a governança também está aplicada nos métodos e processos para a proteção dos ativos em tecnologia.
Esse cenário se mostra mais evidente após pesquisa realizada em 2021 pela Ernst & Young. O levantamento aponta que ataques ilícitos em sistemas tecnológicos corporativos aumentaram aproximadamente 300% durante o período da pandemia de Covid-19.
Com isso, levamos a crer que a tendência desses ataques continuem aumentando, principalmente nas empresas que o sistema de seguranção são frágeis. O mercado também enxerga como um sério problema para as organizações, tanto que os analistas da GlobalData estimam que os gastos com cibersegurança devem alcançar US$198 bilhões até 2025 em âmbito mundial – crescimento de 58% do que é investido atualmente no setor.
Mesmo com esse alto investimento, precisamos lembrar que só isso não é garantia de sucesso esperado pelas empresas. Além da preparação que se deve ter e do capital injetado, a corporação precisa ter uma governança bem definida sobre a sua proteção no cenário virtual, buscando de forma gradativa otimizar as operações e adquirindo com a experiência uma série de benefícios relacionados à centralização de controles, maior agilidade e consolidação dos trabalhos.
Mais do que isso, uma governança estruturada dentro de uma organização contribui para diretrizes claras sobre os princípios da empresa, maior transparência e responsabilidade corporativa. Fator necessário para garantir uma companhia atenta aos requisitos exigidos pelas legislações, normas e regras regentes ao seu ramo de atuação. A característica de todos esses fatores acaba criando um cenário de estabilidade e efetividade nos controles de segurança, trabalhando em um fluxo centralizado para as informações, que permite evitar retrabalhos e minimizar falhas de comunicação.
Hoje, as equipes responsáveis pelo TI possuem uma maturidade para entender a importância de uma boa governança. As exigências dos controles sobre legislação, estruturas, normas e melhores práticas de mercado são muito fortes para quem é da área, sendo natural que exista familiaridade com os conceitos aplicados dentro da temática.
Mas de acordo com o que Global Cybersecurity Outlookno enfatizou em seu relatório, as empresas precisam assegurar que a segurança cibernética e os negócios atuem de forma alinhada, sendo que só dessa maneira é possível certificar que a organização atue em conformidade com as diretrizes internas e externas sem abrir mão da seguridade desejada.
Sendo assim, as tratativas que englobam os processos de segurança de uma empresa devem ser centralizadas, para que essas corporações estejam adequadas às principais estruturas de controles que são aplicados ao ESG.
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Fonte: Portal Dedução